Os desafios impostos pela pandemia causada pelo contágio da COVID-19 foram significativos, em especial na realidade da Educação em Engenharia, área onde as disciplinas são majoritariamente ministradas a partir de aulas expositivas e baseadas em avaliações presenciais. Neste sentido, esta palestra apresenta uma pesquisa qualitativa com coordenadores e alunos de cursos de Engenharia de uma instituição pública que tem por objetivo identificar os limites e possiblidades do ensino remoto para cursos de Engenharia . Foram utilizadas três categorias para as análises, baseadas no decreto que regulamenta a Educação a Distância no Brasil, quais sejam: (i) concepção de educação e currículo no processo ensino-aprendizagem; (ii) Material Didático; (iii) Avaliação da Aprendizagem.
Como resultados da pesquisa, pode-se observar que houve um significativo avanço no uso de recursos tecnológicos por parte dos professores, um maior acesso dos alunos aos registros e materiais utilizados nas aulas, uma diversificação dos instrumentos de avaliação e uma insegurança quando a fidedignidade do processo avaliativo.
Conclui-se que, a partir da experiência acumulada ao longo do exercício docente nos tempos de pandemia, poderá haver uma expressiva transformação no ensino mediado por tecnologias, em especial no que tange a um melhor aproveitamento dos recursos tecnológicos disponíveis. Todavia, para que ocorra a melhoria efetiva dos processos pedagógicos nos cursos de Engenharia, as discussões precisam ser ampliadas e potencializadas.
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