Triagem Ocular Neonatal é tema de curso da UNA-SUS/UFMA que auxilia profissionais na compreensão e importância do “Teste do olhinho”
O diagnóstico precoce do retinoblastoma, câncer intraocular mais comum na infância, é fundamental para o sucesso do tratamento e prevenção da cegueira infantil. Isso porque a maioria dos casos detectados em estágio inicial são curáveis, grande parte deles com preservação da visão. Esse tumor pode ocorrer em um ou em ambos os olhos.
Sobre o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma, celebrado neste domingo (18), a UNA-SUS/UFMA destaca a importância da capacitação profissional para a identificação precoce de deficiências em crianças por meio de triagem neonatal.
Você sabe o que é retinoblastoma? – O retinoblastoma é um tumor maligno raro originário das células da retina – parte do olho responsável pela visão – e afeta um em cada 18 mil nascidos vivos. A quase totalidade dos casos ocorre nas crianças com menos de cinco anos e pode estar presente ao nascimento.
O principal sintoma, presente em 90% dos casos de retinoblastoma, é a leucocoria, um reflexo branco na pupila, conhecido como ‘sinal do olho de gato’. Outros sintomas que podem aparecer são estrabismo, vermelhidão ocular, baixa visão, dor e protusão ocular.
O Ministério da Saúde afirma que o SUS oferece, de forma integral e gratuita, atendimento, assistência, diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos casos de retinoblastoma. “Os pacientes são acolhidos nos centros especializados de referência nas Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) ou Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON)”, evidencia o órgão ministerial.
Teste do olhinho – O Teste do Olhinho ou teste do reflexo vermelho (TRV), feito nos primeiros três dias de vida na maternidade e três vezes por ano nos três primeiros anos, é realizado pelo SUS e pode ajudar a identificar o problema. O TRV é um exame para detecção precoce de problemas oculares congênitos.
“Normalmente, é observada uma cor vermelha na pupila ao ser inserida a luz do oftalmoscópio. Esse reflexo está ausente, diminuído ou branco em caso de opacidade das estruturas oculares. As principais causas de alteração do TRV são catarata congênita, retinoblastoma, retinopatia da prematuridade, glaucoma congênito, entre outras. Se algum problema for identificado no exame, o recém-nascido deve ser encaminhado com urgência ao serviço oftalmológico especializado de referência”, explica o site do Ministério da Saúde.
A Triagem Ocular Neonatal deve fazer parte do exame físico do recém-nascido e ser realizada ainda na maternidade, por meio de inspeção dos olhos e realização do TRV da retina, com o uso do oftalmoscópio ou de instrumento, como caneta de luz. Esses exames visam à identificação, em tempo oportuno, de situações de risco e agravos que podem ocasionar deficiência visual, tais como catarata congênita e outros transtornos oculares congênitos e hereditários.
A detecção precoce da doença é fundamental para melhores chances de cura com preservação do olho e da visão. Os melhores resultados são obtidos quando a identificação da doença ocorre enquanto ainda é intraocular. Pacientes com retardo no diagnóstico podem apresentar doença avançada e potencial perda da visão e risco de vida.
Capacitação profissional – A UNA-SUS/UFMA aborda o tema de maneira didática e com uso de recursos educacionais diversos no curso Atenção na Identificação Precoce de Deficiências em Crianças por meio de Triagem Auditiva Neonatal (TAN) e Triagem Ocular Neonatal (TON). A capacitação tem como foco capacitar os profissionais de saúde sobre a epidemiologia, os impactos e indicadores de risco relacionados às deficiências auditivas e visuais em recém-nascidos, assim como o desenvolvimento da criança antes e após os testes de triagem neonatal. A oferta é resultado da parceria entre a Coordenação-Geral de Saúde da Pessoa com Deficiência (SAES/MS) e da UNA-SUS/UFMA. O início é imediato e o curso é totalmente gratuito e a distância. Ao concluir a oferta, o cursista terá direito ao certificado validado pela UFMA.
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