Segundo dados do censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, 18,6% da população brasileira possui algum tipo de deficiência visual. Desse total, 6,5 milhões apresentam deficiência visual severa, sendo que 506 mil têm perda total da visão (0,3% da população) e 6 milhões, grande dificuldade para enxergar, o que corresponde a 3,2% da população.
Segundo o material didático disponível no curso “Atenção à Saúde na Reabilitação Visual” da UNA-SUS/UFMA, define-se saúde ocular o estado em que a visão e a capacidade funcional são maximizadas, contribuindo para a saúde geral, o bem-estar, a inclusão social e a qualidade de vida do indivíduo. Quando qualquer uma dessas atribuições são prejudicadas ou impedidas, essa população precisa de atenção e um atendimento adequado, de acordo com as suas necessidades individuais e o acesso pleno ao cuidado especializado dentro do SUS.
A capacitação é fundamental para os profissionais da saúde, em especial do Sistema Único de Saúde (SUS), pois possibilita o desenvolvimento de habilidades e competências específicas para o cuidado adequado e efetivo dessa população.
Seja visão normal, subnormal ou baixa visão e a cegueira – que é a perda total da visão ou perda da percepção de luz –, os indivíduos precisam não só de um bom diagnóstico, como também de um acompanhamento contínuo e de qualidade. Segundo dados apresentados no conteúdo programático do curso, a OMS apontou um relatório mundial sobre visão em 2021, onde mostra que pelo menos 2,2 bilhões de pessoas apresentam uma deficiência visual, e dessas, pelo menos 1 bilhão poderia ter sido evitada ou mitigada por meio de medidas de acesso a cuidados especializados e reabilitação oftalmológica de qualidade.
“Pessoas com deficiência visual enfrentam muitos desafios em sua vida cotidiana, portanto, precisam de atenção especializada quando se trata de cuidados em saúde. Compreender suas necessidades e entender o histórico são essenciais, pois, assim, há uma melhora entre a comunicação do profissional de saúde e paciente, trazendo técnicas e recursos especiais que ajudam a melhorar a compreensão e participação do paciente em seu próprio cuidado”, relata Ana Emilia Figueiredo, coordenadora geral da UNA-SUS/UFMA.
Quais as temáticas abordadas?
Dentre os diversos assuntos abordados na qualificação, o cursista irá conhecer o contexto da deficiência visual, suas repercussões, diagnósticos e habilitação/reabilitação, além dos impactos que a deficiência visual causa na vida dessas pessoas, familiares e cuidadores. Conhecerá também os fatores de risco e doenças que causam baixa visão em crianças; o processo de habilitação e reabilitação em crianças em diferentes faixas etárias, identificação de fatores e doenças que causam deficiência visual, bem como a avaliação da acuidade visual e visão funcional do adulto. Aborda também a definição de estratégias interdisciplinares para pessoas com deficiência visual; indicação de tecnologia assistiva e orientações para atividades de vida diária da pessoa com deficiência visual.
Finalizando o curso, o cursista receberá um certifica gratuito e validado pela UFMA. Acesse unasus.ufma.br, se inscreva e compartilhe o conteúdo com outros profissionais da saúde.
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