Recentemente, a cidade do Rio de Janeiro implementou na rede pública de Saúde o Programa Municipal de Descoberta de Sinais Precoces de Autismo. Segundo a norma, deverá ser aplicado o teste escala M-chat em crianças entre 1 ano 4 meses e de 2 anos e meio de idade, conforme recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria. Reconhecendo a importância desde instrumento no rastreamento e classificação de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), a UNA-SUS/UFMA aborda o tema no curso Atenção à Reabilitação da Pessoa com TEA.
Com carga horária de 30 horas, a capacitação possui o maior número de inscrições na UNA-SUS-UFMA, com mais de 70 mil matrículas somente nesta oferta. “A adoção de políticas públicas e estratégias de educação permanente sobre o assunto tornaram-se um compromisso urgente e desafiador para os gestores e lideranças em saúde do país”, aponta a coordenadora-geral da UNA-SUS-UFMA, Ana Emilia Figueiredo de Oliveira.
De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, uma em cada 160 crianças possui Transtornos do Espectro do Autismo. Nos últimos anos, no Brasil, observou-se uma demanda crescente por serviços em saúde direcionados à pessoa diagnosticada com TEA.
Capacitação gratuita
Conhecer a história e epidemiologia do TEA, bem como o acompanhamento e atendimento da pessoa com TEA no SUS, com enfoque na habilitação e reabilitação dessa população para a sua efetiva inclusão, são temas abordados no curso “Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo” da UNA-SUS/UFMA.
A oferta educacional tem como público-alvo profissionais que atuam no SUS, envolvidos na assistência e reabilitação de pessoas com deficiência, além de profissionais de nível técnico, acadêmicos e demais interessados na temática. As inscrições podem ser realizadas até o dia 31 de outubro no ambiente virtual de aprendizagem – o SaiteAva. O curso é livre, gratuito e tem início imediato.
“Quando pensamos no cuidado da pessoa com TEA, significa que a atenção à saúde não se reduz à condição diagnóstica, pois considera as particularidades dos indivíduos frente à sua maneira de estar no mundo e se relacionar, a partir das diferenças identificadas no espectro. E para que a atenção seja integral, as ações devem se estender à família, e estarem vinculadas não somente aos diferentes serviços de atenção do SUS, como também às iniciativas de proteção social e educação”, explica a coordenadora.
Para auxiliar o cursista nessa trajetória, a capacitação vem acompanhada de diversos recursos educacionais para ajudá-lo no processo de ensino-aprendizagem, tornando a experiência educacional mais dinâmica e interativa. Estão presentes no curso materiais como e-book, recurso multimídia, quiz interativo, infográfico, podcast, material em PDF e games.
Os games merecem uma atenção especial. Com o objetivo de criar a melhor experiência de aprendizado on-line no processo educativo na área da saúde, a UNA-SUS/UFMA utiliza diversas estratégias de gamificação em seus cursos de educação continuada como uma forma de capacitação lúdica e inovadora.
“Essa metodologia, também conhecida como gamificação, estimula e desenvolve a tomada de decisão do profissional ao simular práticas clínicas com situações realísticas. A presença dos familiares, a entrevista com os pais e o momento de comunicar o diagnóstico, por exemplo, são explorados também nesse recurso”, relata Ana Emilia.
A capacitação é fruto da parceria entre a Diretoria de Tecnologias na Educação (DTED/UFMA), por meio da UNA-SUS/UFMA e Ministério da Saúde. O certificado é gratuito e validado pela UFMA. A emissão é feita no próprio ambiente virtual da oferta.
Com informações do portal Agência Brasil.
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